Epopeia do Continente Gelado

No coração gelado de um mundo distante,

Onde o branco domina, imponente e constante.

Erguem-se montanhas de gelo, majestosamente,

Contam histórias de eras, de tempos ausentes.

Florestas de cristais, num brilho suave,

Desenham contornos, em cada enclave.

Rios congelados, caminhos de prata,

Deslizam silenciosos, na vastidão exata.

Auroras boreais pintam o céu noturno,

Cores dançantes, num espetáculo diurno.

Refletem nas geleiras, num beijo divino,

O encanto do ártico, em segredo fino.

O silêncio profundo, um cântico sereno,

Nos convida a sentir, este mundo terreno.

Cada floco de neve, uma poesia breve,

Escrita na eternidade, que jamais se atreve.

Oh, continente gelado, de beleza extrema,

Guardião dos mistérios, da natureza suprema.

És a inspiração, num mundo sem par,

Que em versos sublimes,

nos faz sonhar.